Daqui a alguns anos, meus netos vão descobrir o que é o futebol e que torço para o Internacional. E eles poderão me perguntar o que houve na disputa daquele mundial de 2010, porque um time com tantas conquistas, que se orgulha em dizer que é o "campeão de tudo" fez um papelão daqueles, contra um time africano.
Vou precisar de uma desculpa, aliás, já estou pensando nela. Posso dizer que a culpa é de Celso Roth, o técnico, seguindo a tradição de jogar o fardo nas costas do treinador. Afinal, nunca acreditei nele, nem mesmo quando conquistou a Libertadores. Foi um título fácil. Pegou o time nas semifinais e só cumpriu o que diz seu histórico - começa bem e termina mal nos clubes por onde passa.
Mas o treinador fez bem seu papel, dentro de suas limitações. Montou o time, talvez pudesse ter escalado Giuliano como titular, mas como iria adivinhar? O meio campo não veio pro jogo. D'Alessandro, tido como o grande nome do colorado gaúcho, amarelou. Assim como o outro argentino, Guiñazu. A defesa cochilou.
Também não dá pra culpar o calor, altitude, frio, fuso horário, fatores extra-campo. Não tem desculpa. A derrota para o Mazembe não foi por um gol acidental, foi por 2 a 0, dois golaços.
Vou dizer que o Inter fez algo pra algo pra se manter INSUPERÁVEL. Perder para o time africano foi o maior vexame brasileiro nos gramados em todos os tempos. Dificilmente um clube brazuca vai repetir este feito. Consagrou um time que ninguém fora da República do Congo conhecia. Vergonha.