Ele era motorista da Kombi da CNT e, de repente, virou repórter do Programa Cadeia, de Alborghetti no final dos anos 80, início dos 90. Ficou famoso, empolgou-se, caiu no mundo das drogas. Visitou o inferno várias vezes, meteu-se em diversas confusões até perder tudo. Chegou a morar na rua, foi jurado de morte.
Cada vez que o encontrava, conversávamos, mesmo não tendo muita amizade, pois não fomos contemporâneos. Quando comecei no jornalismo, ele já tava nas últimas, fazendo bicos para rádios pequenas. Mas a cada vez que o via na rua, eu ouvia o que ele tinha a dizer, enquanto muita gente mais amiga virava a cara. Nunca dei dinheiro. Toda vez, o Filoco vinha com o mesmo papo. "Estou limpo. Parei". De repente, sumia. Uma vez, o encontrei sem vários dentes, tentando vender poesias.
Encontrei-o hoje de novo. Segundo disse, passou por uma clínica de desintoxicação e está limpo há 2 anos. Estava trabalhando em Maringá até se meter em nova confusão. Não por causa de drogas, mas por problemas relacionados ao dia-a-dia como repórter.

Em novembro, Filoco participou daquele quadro Estrelas da Programação, da RIC TV. Clique na imagem para vídeo.