Acompanhei pelo site da Câmara e pela rádio Paiquerê AM a cerimônia de posse dos vereadores. Ouvi todos os discursos. Todos fizeram uso da palavra, três minutos por parlamentar. Pela ordem:

1 - Eloir Valença (PT): ficou emocionado e agradeceu à igreja pelo apoio;

2 - Paulo Arildo (PSDB): fez citações bíblicas, citou a família e até a sogra. Chorou de emoção, e fez chorar até o mestre de cerimônias, Jeferson Inácio;

3 - Ivo de Bassi (PTN): o mais elegante. Terno impecável cor de areia. Falou da mãe, em Londrina desde 1947;

4 - Jacks Dias (PT): usou seu tempo para defender as políticas do Presidente Lula;

5 - Roberto da Farmácia (PTC): o discurso mais rápido, cerca de um minuto, em que agradeceu os apoios;

6 - Lenir de Assis (PT): citou o profeto Elias, no livro de Reis (aliás, foi um festival de citações bíblicas). Utilizou-se de discurso escrito;

7 - Roberto Kanashiro (PSDB): discreto como sempre, não notei diferente;

8 - Sebastião dos Metalúrgicos (PDT): também agradeceu os eleitores;

9 - Roberto Fu (PDT): falou de improviso, classificando-se como "guerreiro". Comprometeu-se a "trabalhar mais ainda" pelo povo;

10 - Renato Lemes (PRB): disse que estar ali era um milagre, referindo-se a problemas de saúde. Considerou sua eleição outro milagre, já que teria feito campanha só até 15 de agosto;

11 - Prof. Rony (PTB): foi dono do discurso mais profundo. Usou uma fábula para transmitir uma mensagem. "Um menino encontrou um passarinho que estava imóvel. Com o pássaro nas mãos, ele perguntou ao pai - este passarinho está vivo ou morto? A resposta: vivo ou morto, só depende de você! (mais ou menos isto) Assim, segundo Rony, é com Londrina. Viva ou morta, só depende de você!

12 - Joel Garcia (PDT): foi o mais informal. Apresentou-se como "advogado e verdureiro". Agradeceu à família e disse que os amigos não vieram, pois estavam na praia. Depois leu o discurso;

13 - Padre Roque (PTB): falou com pose de presidente da Câmara e virtual prefeito interino. Antes do jogo virar. Usou muito bem as palavras e foi o terceiro mais aplaudido;

14 - Jairo Tamura (PSB): só sei que fez um discurso limpo, ajustadinho ao tempo;

15 - Sandra Graça (PP): senti nela uma certa preocupação, embora não demonstrasse claramente, com o futuro de sua eleição para a presidência da Câmara, que era dada como certa e depois foi dada como falida. Vestia terninho preto com bolinhas brancas. Encerrou o discurso ao melhor estilo Belinati, enaltecendo o povo e a cidade. Foi a segunda mais aplaudida;

16 - Marcelo Belinati (PP): agradeceu a várias pessoas de sua família, nominando-as, que estavam presentes na Câmara. Só faltou o Tio Bila. Fisicamente. Marcelo defendeu o tio, criticando duramente o TSE, mirando especificamente em Carlos Ayres Britto. Disse que o ministro foi fundador do PT, perdeu a eleição para deputado e teve como consolo a indicação para ministro; Marcelo acusou Ayres Britto de tomar uma decisão política, agindo de acordo com interesses de grupos políticos. Foi o mais aplaudido, e também o mais vaiado;

17 - Rodrigo Gouveia: se apresentou e disse que não colocou seu nome por acaso. Garantiu que vai trabalhar como vereador;

18 - Tito Valle: no discurso, ele deu a letra. Tito deve se posicionar como um expoente da Câmara. Pelo trabalho ou pela polêmica. Logo de cara, desenterrou fatos de 5 anos atrás, quando ainda era do PT e atuava no Procon e praticamente foi limado do cargo;

19 - Gérson Araújo: com muito equilíbro, plenamente à vontade como presidente da câmara interino (por ser o mais velho), ele encerrou os discursos com uma sábia frase - Na paz da cidade, o nosso povo terá paz.

Às 18:00 horas em ponto, a sessão de instalação da 15 legislatura foi encerrada.