Um ex-vereador, que não posso revelar o nome (pois poderá ter problemas com a patroa), me contou algumas das histórias da zona do meretrício de Londrina, que chegava a atrair turistas para cá. João Milanez também me contou algumas passagens, ao lado de seu parceiro de noite, o lendário Mário Fuganti. Nelson Capucho definiu bem aqueles tempos, no Londrix.

"...Hoje, tudo é história. Menos o Sr. Mário Fuganti, bon vivant que se tornou quase uma lenda. Não são poucos os sobreviventes dos anos dourados da Capital Mundial do Café - época em que se tomava champagne nos sapatos de damas da noite “recém-chegadas da França” e se acendia charuto com notas de dinheiro graúdo - que balançam a cabeça afirmativamente e, com um brilho nostálgico nos olhos, comentam: “Ah, esse sim soube aproveitar a vida”. O próprio Sr. Mário – já falecido - e alguns parentes seus disseram mil e uma vezes que tudo não passa de exagero, ficção, boatos. Adianta?" (leia todo o artigo aqui)

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Meu avô também deve ter sido habitué daquele ambiente. Ele morreu e nunca consegui confirmar. Meu pai também deve ter tomado uma gelada por lá, em companhia das "meninas". Qualquer dia pergunto a ele.
Voltando ao livro. O professor Edson J. Holtz Leme, da UEL, pesquisou sobre a prostituição daqueles tempos. Da dissertação de mestrado para o livro foi um caminho natural. Na foto acima, o autor na sessão de autógrafos do lançamento da 2ª edição.
Quero lê-lo. Foi lançado pela Editora da UEL e custa R$ 40,00 (blogueiro que faz propaganda tem desconto?). A publicação ganhou destaque no site do Deputado Federal Fernando Gabeira (PV-RJ).

Em 2001, a dissertação de mestrado do professor Edson J. Holtz Leme, do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade de Londrina, abordou um tema que ainda é tabu em muitos setores da sociedade: a prostituição. Transformada em livro, "Noites Ilícitas" analisa as representações e imagens construídas sobre o mundo da prostituição na cidade de Londrina entre 1940 e 1966. Em entrevista ao gabeira.com, o professor Holtz diz que "É preciso deslocar o debate da questão religiosa e trazê-la para questões como a saúde pública, a dignidade destes profissionais e seu direito, enquanto cidadãos de serem respeitados e protegidos de todo tipo de violência". (Leia mais...)